
Enquanto alguns religiosos muitas vezes rebatem alguns pontos da visão científica, em outras tantas situações os conhecimentos providos pela ciência abalaram fortemente algumas crenças religiosas.
Os embates protagonizados são recorrentes ao longo da história e repercutem continuamente em nossas vidas até hoje, de modo que fica fácil enxergá-las como duas entidades que possuem opiniões totalmente distintas.
Mas a verdade é que, contrariando o senso comum constituído, não precisamos e nem devemos enxergar essas duas instituições como adversárias, até porque ambas estão aqui para nos servir. A religião nos alimenta continuamente com uma série de bons sentimentos e ensinamentos, de extrema importância emocional, como a tolerância, o amor, a compaixão, a fraternidade, a gratidão, etc., que são características imprescindíveis para a saúde física, mental e espiritual no cotidiano de nossas vidas. | |
Além disso, esses dois pilares de nossa civilização compartilham das mesmas forças motrizes, provavelmente as mais arrebatadoras já experimentadas em nossa humanidade: a fé, o amor e a esperança. Se não as temos verdadeiramente em nossos corações ficamos ocos, perdidos e nos sentindo solitários. Não importa se estamos à procura da cura para o câncer ou se apenas desejamos ardentemente ajudar a um amigo, porque, qualquer que seja o cenário é absolutamente fundamental ter fé, crer que é possível fazer o bem, que somos capazes e que vamos conseguir, seja lá o quê, quando ou como for. Do contrário ficamos estagnamos, parados, não conseguimos seguir em frente.
Portanto, ciência e religião não apenas se complementam e se fundem para iluminar os nossos caminhos por esse mundo - que tantas vezes nos confunde, machuca e desespera, mas também para nos conectar, enquanto indivíduos, na capacidade e necessidade de sentir amor, fé e esperança de um mundo mais unido e agradável de se viver.
Texto: Andressa Faria de Almeida